Nos seus raros dias de folga, não era como as outras raparigas, que comiam para o sítio mais próximo onde vendessem bebidas e tocassem música alta. Não, Edi apanhava boleia com quem pudesse, dirigia-se às zonas rurais inglesas e ali passava o dia. Ou, se tivesse a sorte de se livrar do general, ficava longe durante dias. Passeava, sentava-se debaixo das árvores e observava as vacas a pastar. Na mente de Edi, desejava lembrar-se do motivo por que se combatia, ver o que tentavam preservar.
Por vezes, passava a noite numa herdade. Aprendeu rapidamente a mentir e a dizer que era uma viúva de guerra e que o marido era inglês. As pessoas desconfiavam de uma americana alta e bonita a vaguear sozinha, mas uma viúva que desejava ver o país do falecido marido abria portas e cultivava amizades.
Jude Deveraux
Jardim De Alfazema, Quinta Essência, 2010